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Paralisação dos produtores de leite do RS ganha apoio do deputado Paparico Bacchi
Paralisação dos produtores de leite do RS ganha apoio do deputado Paparico Bacchi
Na Reunião Ordinária da Comissão de Assuntos Municipais da terça-feira (19), o deputado Paparico Bacchi (PL) manifestou seu apoio à paralisação dos produtores de leite do RS, anunciada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS). Agricultores ligados à entidade vão paralisar o trânsito na ponte internacional sobre o Rio Jaguarão, na quarta-feira (27), em protesto à importação do leite da Argentina e do Uruguai e pela falta de ações do Governo Federal para fortalecimento da cadeia produtiva leiteira. A decisão sobre o protesto foi tomada após reunião realizada pelo Conselho Estadual do Leite e pelos coordenadores regionais da federação, na segunda-feira (7).
O deputado explica que o governo Lula aumentou, de janeiro até hoje, 380% a importação de leite, se comparado com o mesmo período na gestão anterior do governo Bolsonaro. “Esses dados me preocupam muito. Na segunda-feira (18), conversei com produtores rurais do interior da cidade de Marcelino Ramos, com a família Pegorini, que me confessaram que já não sabem mais ao que recorrer”, relatou o parlamentar.
Com a concessão de crédito para a importação da produção de leite da Argentina e Uruguai, anunciada pelo Governo Lula, o Brasil deixa de comprar produtos brasileiros e fortalece a produção de outras nações. Nos primeiros meses de 2023, gastou mais de US$ 350,5 milhões com importações de leite da Argentina e do Uruguai, um aumento de 292,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Com isso, os produtores de leite gaúchos e brasileiros estão sofrendo com o aumento dos insumos e elevado custo da produção, perdendo a competitividade em relação aos países vizinhos e mergulhando numa crise sem precedentes. Só em agosto deste ano, o Brasil importou US$ 76,2 milhões em produtos lácteos, em sua maioria do Mercosul. De janeiro até agosto já houve o aumento deste índice para US$ 596,06 milhões, aumento de 155,1%, em comparação com o mesmo período de 2022, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Dados divulgados pela Emater/RS-Ascar, apontam a redução de 60,78% no número de produtores no RS, sendo que eram 84,2 mil, em 2015, e o índice caiu para 33 mil produtores, em 2023. A queda tem relação direta com a falta de incentivo do governo federal, impulsionada pelas medidas de concessão de crédito de US$ 600 milhões para financiamento de exportações da Argentina, com garantias do Banco do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF).
Nessa semana, vice-presidente da FETAG-RS, Eugenio Zanetti, se manifestou sobre o atual momento que a categoria está vivendo e comunicou a paralisação dos produtores. "O produtor não aguenta mais esperar e o Governo Federal fez muito pouco até agora para salvar o produtor de leite no Brasil. Se eles não barram o produto do Mercosul, o produtor vai barrar". Protestou Zanetti.
Segundo o deputado Paparico, a mobilização da FETAG-RS é justa, pois o Governo Federal, historicamente, atende as categorias que mais reivindicam. “Os produtores de leite precisam gritar para que o governo consiga atendê-los. Não existe outra atividade que demande tanto trabalho e sacrifício como a produção de leite. Ele não tem sábado, nem domingo, nem feriado, nem nada, porque a vaca não sabe que existe o final de semana, nem os feriados. O animal está no campo todos os dias para produzir o seu leite e o produtor rural precisa estar permanentemente aos seus cuidados. Caso haja o relapso do produtor, a vaca fica com mastite, adoece e assim por diante”, descreveu.
Na semana passada, o parlamentar havia conversado com Adilson Machado da Silva, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares (STAF) do município de Viadutos, na região do Alto Uruguai, e com os produtores de leite da região Norte e Nordeste do estado, onde há mais de 30 municípios. Bacchi relata que os trabalhadores da categoria estão muito preocupados com o rumo que a cadeia produtiva leiteira está tomando. "Para os produtores há somente uma alternativa de solução: a paralisação ou uma greve geral dos produtores de leite, com o intuito de sensibilizar o Governo Federal que está de olhos fechados acerca de um importante segmento da economia do Rio Grande do Sul e do Brasil", explicou o deputado.
A produção de leite hoje está dando prejuízos à categoria, persistindo o cenário a curto prazo. O produtor rural está endividado com muitos compromissos sobre o custeio de investimento, tanto na cadeia do leite, quanto na pecuária de corte. O parlamentar fala que é preciso incentivar a mobilização. “Estarei presente na mobilização do dia 27, quarta-feira, em Jaguarão — fronteira com o Uruguai. Precisamos nos somar ao esforço dos produtores de leite. Parabenizo o Adilson Machado, que é um dos líderes da FETAG-RS na região do Alto Uruguai, e estaremos lá porque este trabalho tem de ser permanente no sentido de sensibilizarmos o Governo Federal para que não acabe, definitivamente, com os produtores de leite do RS”, conclamou o deputado que é membro titular da Comissão de Assuntos Municipais da AL.
Comunicação Social do Partido Liberal/RS
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